Mendonça Filho afirma que o próprio PT tem criticado o governo da presidente Foto: Reprodução
Para o presidente do DEM, senador José Agripino, Dilma fez declarações movidas a emoção.
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"Foi uma entrevista movida a pura emoção. A presidente parece achar que a vitimologia será mais forte do que os argumentos jurídicos contidos nas ações que ela terá que enfrentar no Tribunal de Contas da União (TCU), na Procuradoria Geral da República (PGR) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)", disse ele, referindo-se a processos que investigam se a campanha dela à reeleição recebeu recursos do esquema de corrupção na Petrobras; no TCU ela pode ter as contas rejeitadas por conta das pedaladas fiscais do ano passado.
O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), afirmou que não é oposição, mas o próprio PT, quem tem criticado o governo da presidente.
"A principal reclamação que ela tem que fazer é contra o partido dela mesmo, porque as piores derrotas no congresso têm sido provocadas pelo PT. Quem tem mais vocalizado a respeito do desempenho dela na Presidência não é a oposição. O ex-presidente Lula tem dado carga muito forte, criticando a conduta dela", afirmou.
"Os aspecto relativos à sua reeleição são de ordem legais. Quem questiona é o TCU, que tem uma composição não partidária. Não há o que questionar na posição do TCU porque ele está cumprindo com suas atribuições. Corre um processo no TSE sobre o que foi praticado de forma inadequada durante a eleição do ano passado", observou o líder.
"Antes de fazer um discurso público na linha da bravata, acho que a presidente deveria tentar serenar os ânimos do país, mostrar uma direção, porque, infelizmente, o quadro atual é de muita contestação do processo de reeleição dela e do desempenho dela como presidente, que não oferece perspectivas de longo prazo", concluiu.
Para o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), acredita que a Câmara precisa ter equilíbrio. "A Câmara precisa exercer um papel de bombeiro e não de incendiário", disse.
Ele avaliou que o clima político está vinculado ao quadro econômico e, nesse sentido, é bom o governo apresentar medidas para melhorar a economia. Ele elogiou a Medida Provisória que será encaminhada ao Congresso e que permite a redução da jornada de trabalho e de salários.
Rosso elogiou a entrevista de Dilma e apontou uma mudança de espírito por parte da presidente. "Quando ela diz que não vai cair, ela está convicta e tranquila sobre qualquer responsabilidade".
Para ele, a convenção do PSDB no fim de semana e declarações dos tucanos de que estariam prontos para assumir o poder fez com que Dilma reagisse.