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Asteroide passou 'raspando' na atmosfera da Terra, segundo astrônomos

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 01/02/2017 às 17:46
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Caso tivesse entrado na atmosfera da Terra, o objeto teria queimado por completo - sem provocar danos / Foto: Nasa

Caso tivesse entrado na atmosfera da Terra, o objeto teria queimado por completo - sem provocar danos Foto: Nasa

O asteroide 2017 BH30 passou 'raspando' na atmosfera da Terra, na última segunda-feira (30), de acordo com os astrônomos do observatório Catalina Sky Survey, no Arizona, Estados Unidos. A distância entre o planeta e o objeto foi de 65 mil quilômetros, diferença que representa uma distância seis vezes menor do que a Terra em relação à lua. A informação foi divulgada pelo Centro de Pequenos Planetas da União Astronômica Internacional.

"O asteroide aproximou-se da Terra às 08h do horário de Moscou [3h da manhã de Brasília] e provavelmente os astrônomos amadores podem ter tirado fotos dele", contou um pesquisador da entidade. Os especialistas em astronomia calculam que o tamanho do corpo celeste tinha, aproximadamente, dez metros de diâmetro.

Caso tivesse entrado na atmosfera da Terra, no entanto, o objeto teria queimado por completo - sem provocar danos - de acordo com Phil Plait, renomado astrônomo do Centro. Ele ainda disse que o asteroide era visivilmente menor do que o meteorito de Chelyabinsk, que caiu na Rússia em 2013.

Astrônomo acredita que asteroide pode destruir a Terra em fevereiro

A Nasa contou que o cometa C/2016 U1 (Neowise) chegou, em 14 de janeiro deste ano, bem próximo em relação à Terra nas imediações do Sol. Já o asteroide 2016WF9 está previsto para passar próximo ao planeta , no dia 16 de fevereiro de 2017, podendo causar uma grande destruição, de acordo com o especialista em astronomia Dyomin Damir Zakharovich entrevistado por um jornal britânico.

Uma possível colisão do objeto com a Terra daria o fim a atual civilização , provocando um grande tsunami, segundo o cientista. Por outro lado, a Nasa diz que a proximidade do corpo celeste não representa perigo ao planeta.

Os astrônomos ainda não sabem a origem do 2016WF9 com precisão, nem determinaram se o objeto é um asteroide ou um cometa sem nuvem de poeira. Ainda de acordo com os especialistas, o corpo celeste tem pelo menos um quilômetro de diâmetro, visto pela última vez no dia 27 de novembro de 2016.

Raros asteroides poderiam acabar com a Terra

Segundo os astrônomos, são raros os grandes asteroides com poder de acabar com a atual civilização. A Nasa ameniza ao dizer que a probabilidade de um deles atingir a Terra é de um em cada 50 ou 60 milhões de anos. Depois de um asteroide exterminar os dinossauros, muitas pessoas ainda pensam que o próximo poderá acabar de uma vez a Terra.

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