Polícia

"É uma dor na alma", diz pai de criança assassinada dentro de escola em Petrolina

Marina Padilha
Marina Padilha
Publicado em 12/12/2015 às 10:31
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Beatriz Mota, de sete anos, foi morta dentro de escola em Petrolina durante evento. / Foto: Reprodução/TV Jornal

Beatriz Mota, de sete anos, foi morta dentro de escola em Petrolina durante evento. Foto: Reprodução/TV Jornal

De certo, só a dor de um pai que teve a filha de sete anos assassinada dentro do colégio em que trabalhava. "É uma dor que não é do corpo, sinto dentro da alma", disse o professor Sandro Romildo no dia seguinte à morte de Beatriz Angélica Mota. A criança foi encontrada morta com marcas de facadas no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no centro de Petrolina, Sertão de Pernambuco, na última quinta (9).

“Ela era um anjo que não fazia mal a ninguém. Tinha sete anos, não tinha pecado e Deus quis levar pra ele, porque ela era muito boa para viver nesse mundo cruel”, lamentou o pai, em entrevista à TV São Francisco.

De acordo com informações do Blog do Carlos Britto, Beatriz foi sepultada no fim da tarde da última sexta, na zona rural de Juazeiro, na Bahia, onde morava com a família.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Petrolina. Responsável pelas investigações, a delegada Sara Machado afirmou que suspeitos e testemunhas já foram ouvidos, mas ninguém foi preso.

"O que se sabe até o momento é que não houve violência sexual. A intenção específica do criminoso era de matar. Dessa forma, nenhuma intenção pode ser descartada", explicou a delegada.

Na noite dessa sexta (11), dezenas de pessoas vestidas de branco se manifestaram a favor da paz em Petrolina. Em frente ao portão da escola onde Beatriz foi morta, eles oraram e pediram justiça à criança.

A população da cidade ainda está chocada com o crime, que aconteceu durante uma festa em comemoração ao encerramento do ano letivo. Em entrevista ao NE10, a mãe de uma amiga da vítima, que estava na escola quando o assassinato aconteceu, disse que a festa virou um filme de terror e desmentiu boatos.

“Nas redes sociais dizem muita coisa que já foi desmentida. Essa história de que o pai da menina - que é professor de inglês na unidade - teria reprovado um aluno e que esse crime teria sido por causa disso não é verdade. Falam muita coisa, mas até agora ninguém sabe o que aconteceu”, afirmou.

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