ESPORTE

Atividade física regular ajuda também na vida escolar

JC 360
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Publicado em 16/10/2018 às 18:25
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O judô é um dos esportes que traz diversos benefícios, tanto corporais quanto psicológicos / Foto: Colégio GGE/ Divulgação

O judô é um dos esportes que traz diversos benefícios, tanto corporais quanto psicológicos Foto: Colégio GGE/ Divulgação

É consenso entre médicos, nutricionistas e demais profissionais de saúde que manter o corpo em movimento auxilia na conquista de uma vida mais saudável. Aliar exercícios físicos a uma alimentação balanceada, por exemplo, traz benefícios como o fortalecimento do sistema imunológico e a melhora da saúde mental. E as vantagens podem ser ainda maiores se o hábito for adquirido desde cedo.

Para crianças no começo da infância, a partir dos 4, 5 anos, a atividade física é também um estímulo para desenvolver as habilidades motoras e melhorar a concentração, e isso pode ajudar, também, no melhor desempenho escolar. “É muito comum que pais de crianças com dificuldade de atenção e concentração matriculem-nas em um esporte para melhorar o foco, a questão do ‘eu comigo mesmo’ e a interação delas com o outro”, detalha a educadora física e professora de judô Aline Barros.

Responsável por ensinar a arte marcial a turmas da educação infantil e ensino fundamental I do colégio GGE, Aline conta que as lições aprendidas através de um esporte como o judô, ainda nos primeiros anos de vida, valem para sempre. “Os pequenos conhecem as regras que precisam cumprir, são levados a encarar desafios e a ir desenvolvendo o autoconhecimento.

Outro ponto importante da atividade é eles entenderem até onde conseguem ir e, quando descobrem seus limites, contam com o estímulo do professor. Enquanto fazem atividades físicas, eles testam seus limites o tempo todo, e isso leva a adquirir autoconfiança e autocontrole”, destaca a educador física.

Os benefícios do judô

Aline destaca que o judô é uma modalidade muito indicada por psicólogos para ajudar crianças tímidas a interagirem mais. “É um esporte de contato, onde existe a necessidade de segurar o kimono do amiguinho, de aplicar golpes e de participar de outras atividades de interação, como a saudação, que pede permissão para lutar com o outro, e o agradecimento, feito após a luta acabar. Esses atos contribuem para que a criança se solte aos poucos.”

No caso de crianças mais agitadas, a energia de sobra é direcionada, para que entendam que há regras para manter a harmonia. “Todos sabem que não podem entrar e sair na hora que quiserem e que devem organizar seus objetos durante a aula”, detalha a Aline.

Até os dez anos, o ideal é que a frequência de atividades físicas fique entre dois a três dias por semana. Os treinos não devem ser pesados, como os de um atleta de alto rendimento, e um esporte pode ser associado a outro. “Todos os esportes trazem benefícios. O vôlei tem movimentos em quadra; já o judô, as esquivas durante a luta. A natação melhora o condicionamento físico. Ou seja, a criança pode fazer mais de um esporte porque cada um tem uma forma de estimular o desenvolvimento”.

Seja qual for o exercício escolhido, é importante que papais e mamães acompanhem a evolução do filho, para que o elo de confiança seja ainda mais fortalecido. “Mesmo que o tempo dos pais, no dia a dia, seja restrito, é importante que eles estejam presentes sempre que puderem. Os pais devem estimular, perguntar sobre a aula, sobre o que a criança está achando e o que aprendeu de novo. Assim, ela se sente importante e o resultado tende a ser muito melhor”, encerra Aline Barros.

 

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