Educação Infantil

Escola e família: parceria certeira quando o assunto é a nutrição das crianças

Fabíola Blah
Fabíola Blah
Publicado em 16/07/2019 às 7:00
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Hábitos alimentares saudáveis devem ser adquiridos desde cedo / Foto: Divulgação

Hábitos alimentares saudáveis devem ser adquiridos desde cedo Foto: Divulgação

A escolha dos alimentos é uma questão de gosto e de hábitos, do que nos ensinaram ao longo da vida e do que era posto na mesa quando éramos crianças. Especialistas em Nutrição dizem que a mudança de hábitos alimentares pode ser feita em qualquer momento da vida, mas também são enfáticos: quanto antes, melhor.

No Colégio GGE, a Educação Nutricional está incluída na grade curricular desde os primeiros anos da vida escolar. O objetivo, diz a nutricionista Renata Freire, responsável pelas cantinas da escola, é aproveitar a fase da introdução alimentar para iniciar o consumo de alimentos e de hábitos saudáveis. “Damos aulas para crianças de pouco mais de 1 ano até aquelas que têm 5 ou 6 anos, e elas já começam com esse conhecimento da nutrição como um todo. Não são só as frutas, mas água, cereais, legumes, leguminosas, entre outros alimentos”, comenta.

Renata enfatiza que a oferta da Educação Nutricional no GGE busca andar em parceria com a família, para que a proposta de alimentos adequados seja feita também em casa. “Entre as crianças maiores, encontramos mais resistência, mas conseguimos repercutir positivamente na mudança desse paladar. Orientamos aos pais que ofereçam novas apresentações (novos preparos, por exemplo), que incluam seus filhos na preparação do alimento, em qualquer processo que eles possam participar”, ensina.

E como funciona a Educação Nutricional na escola? Segundo a nutricionista, as crianças são “apresentadas” aos alimentos, incentivadas a tocar, a cheirar e a experimentar - aos poucos, sem que sejam obrigadas - de forma lúdica. “Uso muito o cozinhar nas aulas, uso os alimentos para outras atividades, além de comer. E a gente constata as mudanças: aquele que passou a tomar sucos de frutas, aquele que passou a aceitar lanches diferentes, além da tapioca. É preciso entrar no mundo da criança”.

As frutas costumam ter mais aceitação, mas o abacate sofre com a cara feia de muitas crianças. Entre os vegetais, os mais rejeitados podem formar uma lista: abobrinha, berinjela e beterraba. Todos entram nas lições. “Para os alunos do turno complementar, que almoçam na escola, a gente amplia a oferta de alimentos nesse sentido, de promover a experimentação. Mas, se ele não consome dentro de casa, a tendência é de rejeição”, diz Renata, enfatizando a importância da parceria familiar.

De olho na lancheira
“Como nutricionista, avalio muito as lancheiras. O trabalho também consiste em estimular que a família varie, dê opções saudáveis. É um esforço continuado da escola e de casa”, diz Renata, que recomenda atenção para as ofertas de alimentos em cada faixa etária. “Se percebo que não há variação do lanche, mando um recadinho para os pais para que tentem modificar”, acrescenta.

De forma geral, Renata diz que um lanche equilibrado deve conter um alimento do grupo dos carboidratos (“um pãozinho ou um biscoito caseiro, cuscuz ou tapioca são boas opções”), uma porção de vitaminas e minerais (“uma frutinha in natura ou um suco, de polpa ou própria fruta”) e uma proteína (“ovo mexido, ou ovo de codorna, queijinho, oleaginosas ou até um bolo preparado com ovo, que ofereça essa proteína”).

Dicas de alimentação para cada fase
A nutricionista Renata Freire assina o e-book “Dicas de Alimentação para cada fase de seu filho”, publicado pelo GGE, recheado de informações úteis sobre o tema e disponível para todos, com download gratuito. O e-book apresenta ainda dicas de lanches saudáveis, que garantem uma dieta balanceada para os estudantes, sem perder a parte divertida da refeição dos intervalos. Pode parecer pouca coisa, mas esse lanche corresponde a até 15% de todo o valor nutricional da criança e do adolescente. Por isso, todo cuidado é pouco.

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