Educação

Alfabetização tem base que se constrói desde a primeira infância

Fabíola Blah
Fabíola Blah
Publicado em 31/07/2019 às 7:00
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O processo de alfabetização ocorre durante toda a Educação Infantil / Foto: Divulgação

O processo de alfabetização ocorre durante toda a Educação Infantil Foto: Divulgação

Na Educação Infantil, a criança é formalmente apresentada às letras e aos números. Essa relação, que perdurará por toda a vida, é iniciada aos poucos, passando por processos lúdicos, com a utilização de ferramentas de aproximação e de fixação. Ao passar para o Ensino Fundamental, é esperado que ela já esteja apta a passar para a interpretação, para a leitura mais fluida e que tenha noções das quatro operações básicas da aritmética. A alfabetização ampla é o grande objetivo desta primeira etapa e por volta dos 10 anos de idade, em média, o indivíduo já estará plenamente alfabetizado.

Inicia-se o processo de letramento. As crianças, já inseridas em um mundo letrado desde o nascimento, começam a receber orientações acerca das letras e, por exemplo, mesmo antes de conhecer nominalmente os símbolos, identificam o próprio nome escrito em uma lista. “Não é uma leitura decodificada mas, com a ‘chamadinha’, ela se torna capaz de identificar visualmente o próprio nome”, detalha a diretora pedagógica da Educação Infantil e Ensino Fundamental 1 do Colégio GGE, Anabelle Veloso.

A escrita começa com letra bastão. Separada, ela deixa claro para a criança que a palavra tem unidades menores que, juntas, criam um sentido. É mais esclarecedora e de mais fácil traçado, como explica Anabelle. A letra cursiva é ‘coladinha’, faz com que a criança as aglutine; separando, percebe-se mais facilmente que há letras, sílabas. “Aqui no GGE, começamos a escrita aos 3 anos e o aluno fica até os 5 escrevendo essa letra bastão. Quando já há bastante autonomia nessa escrita e com atividades psicomotoras, ao mesmo tempo, começa o processo de escrita cursiva”, detalha Anabelle.

Gestora pedagógica do GGE, Nayana de Paiva explica que o colégio aplica o método fônico de alfabetização, quando se trabalha o entendimento dos sons que letras e palavras têm. Dessa forma, as crianças não aprendem graficamente a letra T, mas o som que ela faz, e compreendem que juntamente com a vogal A será formada a sílaba TA.

Brincadeiras pedagógicas conduzem ao letramento e às primeiras noções matemáticas

Brincadeiras pedagógicas conduzem ao letramento e às primeiras noções matemáticasFoto: Divulgação

Nayana explica que a Educação Infantil oferece uma alfabetização em amplo aspecto porque a criança se apropria de regras e percepções: observa que há mais ou menos pratos colocados à mesa, e já sabe contá-los; pega dois brinquedos com as mãos e sabe dizer qual é o mais pesado e o mais leve. “Essa noção matemática começa com várias atividades, mas depois tem contato com o algoritmo. Por exemplo, usamos um álbum de figurinhas para estudar multiplicação. Cada pacote tinha três figurinhas e as crianças entenderam que quando possuíam três pacotes, tinham nove figurinhas. A gente oferece esse concreto (o álbum, as figurinhas) e depois seguimos para o abstrato (os números escritos no caderno)”.

Para a etapa seguinte, o Fundamental 1, a Educação Infantil vai entregar, basicamente, os conhecimentos de leitura e escrita previamente formatados para que a criança esteja apta a ler e escrever com fluência mais à frente. “A partir dos 3 anos, a gente inicia o processo de alfabetização, quando a criança passa a escrever o próprio nome e é estimulada em relação à escrita de outras palavras. O objetivo é que ao término da Educação Infantil, no Infantil 5, a criança esteja lendo palavras simples, vogal-consoante-vogal, e que possa ser encaminhada à fluência da leitura”, completa Nayana.

As introduções matemáticas já foram feitas, embora ainda sem nomenclaturas. A crianças encerram o primeiro ciclo da vida escolar com noções de números, tamanho, peso, conjuntos e cores e a matemática começa a aparecer com mais ênfase. “Nessa fase seguinte, eles adoram trabalhar com dinheiro, o que acaba sendo muito prático para auxiliar também a introdução à Educação Financeira”, comenta Anabelle.

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